Flávio Dino encerra hoje ciclo que colocou o Maranhão em posição política e administrativa diferenciada

Flávio Dino e Carlos Brandão e seus familiares se abraçam em missa de agradecimento pelos resultados do Governo                

Flávio Dino (PSB) renuncia hoje ao mandato de governador do Maranhão, aos 53 anos, cumprindo exigência da legislação eleitoral para ter direito a se candidatar a senador nas eleições deste ano. A renúncia fecha um ciclo de sete anos e três meses em que o Maranhão viveu uma realidade diferenciada, tornada concreta pela orientação politicamente correta e o sentido inédito e inovador que o governador deu ao Governo do Estado. Nesses 2.614 dias, o que se viu foi uma mudança radical na postura do Governo estadual, que, contrariando orientações passadas, transformou, por exemplo, educação e saúde em prioridades absolutas, nelas investindo recursos muito acima do que foram previstos nos orçamentos anuais que administrou, atuando assim nas mais diversas áreas de responsabilidade estatal. Politicamente, Flávio Dino resistiu ao populismo barato, ao golpismo bolsonarista, transformando-se numa das vozes mais firmes e acreditadas do país em defesa das liberdades civis e do estado democrático de direito.

Flávio Dino priorizou o social e incluiu na pauta prioritária do Governo do Maranhão temas até então secundários, como a segurança alimentar (elevando de cinco para 82 o número de restaurantes populares) e a profissionalização na formação escolar com a construção e implantação de dezenas de IEMAs, num programa educacional, que fecha o ciclo com mais de 1.400 obras educacionais, entre elas a grande estrela, a Escola Digna, tendo criado a Uema Sul, um projeto revolucionário e bem-sucedido. No caso da Saúde, nenhum governo de qualquer época se comparou ao atual, o que pode ser facilmente constatado conhecendo-se a megaestrutura hospitalar implantada no estado a partir de esqueletos deixados pelo Governo anterior.

Os elevados investimentos em saúde permitiram que o Maranhão se tornasse vanguarda nacional no combate à epidemia do novo coronavírus, sendo o estado com menos mortes em toda a Federação.

No ciclo que fecha hoje, obras civis importantes – estradas e pontes, por exemplo – foram construídas, a segurança pública foi reforçada com o aumento de quase 50% do efetivo da Polícia Militar, e o sistema penitenciário, que horrorizava o país em desordem e violência, passou a ser uma referência para todos os estados. Nesse período, a cultura foi valorizada na medida certa, a juventude foi cuidada com plena dignidade, as cidades receberam tratamento justo dentro das possibilidades, assim como comunidades como a quilombola e a indígena estiveram sempre na ordem do dia do Governo. Ao investir forte em políticas públicas, o governador Flávio Dino quebrou todos os parâmetros e correntes que prendiam o Maranhão.

Flávio Dino governou com transparência, tendo mantido as finanças sob controle férreo, não tendo sido registrado um só caso de corrupção na sua equipe durante os dois mandatos. Entrega ao seu sucessor, Carlos Brandão (PSB), um Governo organizado, com uma política fiscal ajustada, as finanças em ordem, de modo que o seu sucessor ganha também as condições para governar com segurança e sem sobressaltos.

Ao longo dos seus dois mandatos, o governador Flávio Dino teve habilidade para governar liderando uma ampla aliança partidária, na qual conviveram sem traumas partidos de esquerda, centro e direita, usando a pluralidade como um fator de corresponsabilidade e estabilidade. Manteve relações institucionais firmes e produtivas com os poderes Legislativo e Judiciário. E fez grandes esforços para estabelecer uma convivência mesmo limitada, mas produtiva, com o Governo Federal, mas os ranços do presidente Jair Bolsonaro (PL) boicotaram todas as iniciativas. No campo político-partidário foi um militante incansável alertando a Nação para os ataques explícitos e subterrâneos à democracia, que culminaram com os atos golpistas de 7 de setembro. Ao mesmo tempo, foi o mais destacado político a propor a formação de uma ampla frente partidária, plural, para enfrentar a direita radical nas urnas. Pela sua atuação política, chegou a ser cogitado para disputar a presidência da República e também para vice de uma chapa de oposição. Saiu da seara das pré-candidaturas federais para disputar uma cadeira no Senado.

Via reportertempo.com.br/

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