Movimentos indicam que a disputa para a Câmara Federal será a mais dura e agitada dos últimos tempos

Plenário da Câmara Federal: as 18 cadeiras pertencentes ao Maranhão serão disputadas como não o são há muito tempo: com garra e  candidatos muito fortes

Os movimentos iniciais com vistas às eleições de 2022 no Maranhão têm apontado alguns rumos. A sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB), em princípio, deve resultar do embate entre o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos), o senador Weverton Rocha (PDT) e o senador Roberto Rocha (PSDB), mas podendo incluir a ex-governadora Roseana Sarney, ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT) e ainda, agora numa hipótese muito remota, o deputado, federal Josimar de Maranhãozinho (PL), dificilmente fugindo desse cenário. A previsibilidade é ainda maior no caso da disputa para o Senado, na qual o governador Flávio Dino aparece como nome forte, e até aqui sem um concorrente definido, o que lhe deixa caminho aberto para uma eleição sem surpresas. Nesse contexto, a guerra eleitoral dura, implacável e com uma margem de imprevisibilidade bem menor será a que mira as 18 cadeiras da bancada maranhense na Câmara Federal.

Num cenário em que é limitado o número de candidatos ao Palácio dos Leões, e poucos são os que estão dispostos a enfrentar o atual governador na corrida senatorial, é visível o grande número de aspirantes à Câmara Federal, a começar pelos atuais, quase todos determinados a renovar seus mandatos. A relação começa com pesos pesados como Márcio Jerry (PCdoB), Rubens Jr. (PCdoB), Cléber Verde (Republicanos), Bira do Pindaré (PSB), Pedro Lucas Fernandes (PTB), André Fufuca (PP), Juscelino Filho (DEM), são nomes que entram na corrida com cacifes políticos e eleitorais gordos. A eles devem se juntar Hildo Rocha (MDB) e João Marcelo (MDB), e, ainda, Detinha, lançada por Josimar de Maranhãozinho, que não entrará na disputa federal.

Numa espécie de segundo pelotão aparecem com chances de reeleição Edilázio Jr. (PSD) e Aluísio Mendes (PSC), Gil Cutrim (PDT), Zé Carlos (PT), Jr. Lourenço (PL), Marreca Filho (Patriotas), Pastor Gildenemyr (PL) e Josivaldo JP (PHS).

O problema de pelo menos metade dos atuais deputados são os nomes que estão se movimentando por mandato na Câmara Federal. Começa com o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PDT), tido como candidato “natural”. O deputado estadual Duarte Jr. (Republicanos) parece estar se preparando do alto dos 240 mil votos que recebeu na disputa para a Prefeitura de São Luís. Também embalado pelos votos que recebeu em São Luís, o deputado estadual Neto Evangelista (DEM) estaria disposto a encarar a corrida para a Câmara Federal. O hoje suplente Simplício Araújo (Solidariedade) está se cacifando fortemente. O ex-deputado federal e ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira (PSDB) está trabalhando duro para voltar a representar a Região Tocantina em Brasília; e há sinais de que o prefeito reeleito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (Avante), estaria avaliando a possibilidade de passar a bola para o vice e tentar passar uma temporada em Brasília. Especula-se também que o prefeito de Caxias, Fábio Gentil (Republicanos), estaria inclinado a encarar as urnas ou apoiar o seu vice, Paulo Marinho Jr. (PL), que ficou como suplente em 2018.

Nesse imenso tabuleiro de peças em movimento, três possibilidades de candidatura à Câmara Federal chamam a atenção. Uma é a do presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB): se o governador Flávio Dino sair para uma disputa nacional, ele será candidato ao Senado; do contrário, disputará mandato de deputado federal – isso se, numa hipótese que quase ninguém aventa, Carlos Brandão resolver disputar outro cargo, passando-lhe o Governo. Outra possibilidade é o projeto do MDB de lançar Roseana Sarney como candidata a deputada federal para funcionar como “puxadora” de votos. E a terceira: há quem diga que do alto dos seus 270 mil votos e com a força do Palácio de la Ravardière, o prefeito Eduardo Braide (Podemos) se prepara para sacar do bolso do colete um candidato para ser sua voz na Câmara Federal e na Esplanada dos Ministérios.

A lista de prováveis candidatos a deputado federal é bem mais extensa, incluindo os secretários Carlos Lula (Saúde) e Felipe Camarão (Educação), por exemplo, o que reforça ainda mais a previsão de que as 18 cadeiras do Maranhão na Câmara Federal serão disputadas como não o são há muito tempo.

Via Repórter Tempo

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