Discriminação e preconceito: criança autista é impedida de participar de aula em escola privada de Santa Luzia e caso gera grande repercussão no MA

Recentemente, um caso de discriminação contra uma criança autista gerou grande repercussão estadual. O caso aconteceu na escola Colégio Brasileiro de Estudos Avançados (CBEA), na cidade de Santa Luzia, onde uma criança autista foi impedida de frequentar a sala de aula.

A mãe da criança que foi identificada como Vanderleia Paixão, relatou uma série de atitudes que evidenciam um tratamento inadequado e discriminatório por parte da gestora da instituição, identificada como Alessandra Ferreira Guilherme Silvino.

No centro dessa situação, encontra-se a alegação da escola sobre a falta de uma profissional para acompanhar o aluno em sala de aula. A gestora, supostamente, orientou a cuidadora da criança a se esconder no estabelecimento, impossibilitando assim a assistência necessária ao estudante. Mesmo quando Vanderleia, de forma proativa, acionou uma pessoa da sua família para atuar como acompanhante, a direção da escola barrou a iniciativa.

O cenário é ainda mais chocante quando Vanderleia, após avistar a motocicleta da cuidadora oficial perto da escola, descobre que a mesma estava escondida dentro da instituição por ordens superiores, e que ela estaria aos prantos na sala em decorrência da situação. A mãe fez questão em enfatizar que a cuidadora foi obrigada a se esconder e que ela tem um forte laço pela criança e que a reciproca é verdadeira.

As ações da direção da escola é vesti como um ato que, além de descabido, beira a crueldade, onde os direitos da criança foram suprimidos, além da humilhação enfrentada pela colaboradora que teve que passar por tal situação.

Esse episódio, narrado em um vídeo por Vanderleia, lança luz sobre um problema muito maior que o ocorrido em Santa Luzia: a exclusão e discriminação de pessoas com transtornos em escolas e repartições públicas. Tais atitudes, infelizmente, refletem o preconceito, ignorância e falta de conhecimento que ainda permeiam nossa sociedade.

Confira o depoimento da mãe:

É indiscutível que casos como esse evidenciam a urgente necessidade de políticas públicas mais intensivas e educativas. A discriminação e o estigma associados a transtornos e deficiências não são apenas dolorosos para os afetados e suas famílias, mas são prejudiciais para a sociedade como um todo. Tais atitudes limitam o potencial e contribuições que essas pessoas poderiam trazer para as comunidades e reforçam estereótipos negativos.

Educação, informação e sensibilização são peças-chave para reverter esse cenário. Instituições educacionais e repartições públicas, por estarem no cerne da formação e atendimento da população, devem ser os primeiros a promover um ambiente inclusivo, respeitoso e adaptado para todos.

É fundamental que o poder público intensifique esforços em implementar políticas que garantam o direito de todos à educação e demais serviços, independentemente de suas condições ou características. Somente assim, poderemos esperar uma sociedade mais justa, igualitária e verdadeiramente inclusiva.

Confira algumas manifestações de apoio recebidos:

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