Astro de Ogum quer tirar VLT do galpão e usá-lo para ligar o Tirirical à Estiva

O vereador Astro de Ogum (PCdoB) fez ontem uma tentativa radical para que seja dado sentido a um dos maiores fracassos que São Luís já conheceu: o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Para quem não se lembra, é o minitrem comprado por R$ 7 milhões pelo prefeito João Castelo (PSDB) em 2012, último ano da sua gestão, quando tentaria a reeleição, e que seria utilizado para ligar o Aterro do Bacanga ao Tirirical. A novidade assanhou a cidade. A ferrovia urbana, porém, não alcançou 500 metros, e o projeto fracassou. João Castelo não se reelegeu, e o novo prefeito, Edivaldo Holanda Jr. (PTC), mandou desfazer a via férrea e condenou o VLT a ser trancafiado e esquecido – se possível pelo resto dos tempos – num galpão na região do Itaqui-Bacanga.

Agora, uma década depois da sentença imposta ao VLT – que dizem já estar deteriorado -, o vereador Astro de Ogum, ao questionar os custos de mantê-lo preso no galpão, tenta revogar a condenação e trazê-lo de novo à luz do sol, para finalmente cumprir a missão para a qual foi comprado à vista, só que fazendo a ligação entre o Tirirical e a Estiva. Para tanto, propôs a formação de uma comissão de vereadores para ver o estado em que se encontra o minitrem.

– Temos conhecimento que esse VLT teria condições de fazer uma linha da Estiva até o São Cristóvão, sem prejuízo para ninguém. A Vale estaria pronta para ceder a questão da trilha ferroviária. Para quê manter o VLT se ele não serve para nada e a Prefeitura tem que pagar aluguel todos os meses para mantê-lo? Ninguém nunca mais falou sobre isso. Precisamos avaliar essa questão para dar utilidade a esse veículo – justificou.

Pelo visto, o que tiver restado do VLT poderá parar na mesa de trabalho do prefeito Eduardo Braide (PSD).

Via Ribamar Corrêa

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