Lula mostra em entrevista que está preparado para governar e tirar o Brasil da crise

Lula da Silva mostrou experiência e passou confiança na entrevista à Globo News

Todo brasileiro cidadão, adulto, eleitor, de direita, de centro, de esquerda, católico, evangélico, praticante de religião de matriz africana, judeu, mulçumano, agnóstico, ateu, hétero, homo, profissional de qualquer área, rico, de classe média, pobre, negro, pardo, branco, índio, enfim, qualquer um deveria assistir à entrevista do presidente Lula da Silva (PT), concedida ontem à jornalista Natuza Nery, da Globo News. Foram quase 60 minutos de temas espinhosos, mas tratado pelo presidente com racionalidade, autoridade, bom senso, equilíbrio, com experiência política incomparável, e ao longo dos quais ele disse tudo o que um brasileiro precisa ouvir de um chefe da Nação racional e responsável num momento tão especial da vida do País como agora. Lula da Silva se mostrou um brasileiro excepcional, ciente do seu papel e dos compromissos que assumiu com a sociedade brasileira.

Quando falou da tentativa de golpe materializada no ataque da extrema direita bolsonarista aos símbolos da República e da Democracia, no dia 8, em Brasília, o fez de maneira firme, dura, mas mostrando respeito pelo direito de cada um, como a presunção da inocência, por exemplo, que ele não teve no processo fajuto da Lava Jato. Não fez acusação injusta nem fulanizou presumíveis culpados, não pronunciou qualquer frase contraditória nem fez uma só declaração disparando a ermo sem provas e sem base, como fez enquanto presidente e continua fazendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na visão de Lula da Silva, Jair Bolsonaro não está morto, mas precisa ser desmascarado.

Num recado às caninanas que tentam incompatibilizá-lo com as Forças Armadas, Lula da Silva respondeu como presidente da República: não deseja ter problema com elas e nem que elas tenham problema com ele. E mandou um recado sereno e equilibrado: soldado, cabo, sargento, tenente, capitão, coronel, general, almirante ou brigadeiro pode votar, escolher em quem votar, não há problema quanto a isso, mas não pode levar a política para dentro dos quartéis, porque é assim que reza a Constituição. Em relação às falhas, casuais ou provocadas intencionalmente na segurança de Brasília no domingo dos ataques, foi claro e direto: tudo será investigado, como está sendo, sem precipitações, mas com seriedade, firmeza e imparcialidade. E quem for comprovadamente culpado, vai pagar com as penas da lei, seja civil ou militar. A impunidade não será admitida, doa a quem doer.

O presidente Lula da Silva reafirmou, de maneira enfática, o viés social do seu Governo. Os programas de combate à fome e a desigualdade serão levados a efeito, gostem ou não os críticos dessa política, que endeusam o “mercado” e fazem de conta que 30 milhões de brasileiros não passam fome em pleno século 21. Ele criticou duramente a ganância dos mais ricos e reafirmou que o seu objetivo maior é combater a desigualdade, para transformar o Brasil num país de classe média, onde todos possam estudar, trabalhar, morar, comer, vestir, viajar, se divertir. Para tanto, vai investir o que for possível em educação, em saúde e em programas de desenvolvimento social e econômico, independentemente dos interesses do “mercado” e seus agentes.

Coerente com o discurso que usou na campanha eleitoral e no seu discurso de posse, o presidente Lula da Silva rebateu com a mesma firmeza o jogo dos ricos contra os investimentos a serem feitos no campo social, quando eles recorrem ao velho e manjado argumento do “equilíbrio fiscal”, no qual não se pode gastar mais do que se arrecada. “Não me venham com essa conversa. Ninguém no mundo tem autoridade para falar comigo sobre equilíbrio fiscal. Fui presidente oito anos e não desequilibrei as contas. Ao contrário, deixei 300 bilhões em reservas”, assinalou. E avisou, sem tergiversar, que não haverá contenção de recursos para educação e para a saúde. “Educação não é gasto, é investimento; saúde não é gasto, é investimento”, disparou.

Pode haver entre as suas posições alguma passível de crítica, mas a entrevista à Globo News é um documento revelador de que, gostem ou não seus opositores, o presidente Lula da Silva está trazendo o Brasil de volta à realidade e ao cenário mundial, agora com o desafio de domar o monstro que ganhou forma na irracionalidade da extrema direita.

Via Repórter Tempo

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