Brandão, Velten, Cutrim e Nicolau se juntam contra o terrorismo em defesa da democracia

Eduardo Nicolau, Paulo Velten, Carlos brandão e Glaubert Cutrim em defesa da democracia

O Governo do Maranhão não vai tolerar que manifestações golpistas avancem no Maranhão. E o acampamento montado por bolsonaristas radicais em frente às instalações do Exército no João Paulo será desmontado tão logo seja dado o sinal verde pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O aviso foi dado ontem pelo governador Carlos Brandão (PSB) em reunião com os chefes do Poder Legislativo, deputado Glaubert Cutrim (PDT) – que representou o presidente Othelino Neto (PCdoB) -, do Poder Judiciário, desembargador Paulo Velten, e do Ministério Público, procurador geral de Justiça Eduardo Nicolau. Todos se manifestaram favoráveis à adoção de medidas fortes, dentro da lei, contra atos antidemocrático, como o grupo que está acampado em frente ao quartel do 24º BC, na avenida São Marçal, no João Paulo. O desmonte do acampamento será feito tão logo chegue o sinal verde do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. E se for necessário, a força será usada.

A sintonia entre os chefes dos Poder e do Ministério Público maranhenses foi desdobramento dos acontecimentos de domingo (08) em Brasília, quando bolsonaristas radicais, apostando que estavam abrindo caminho para um golpe de Estado, vandalizaram, com violência extrema, o Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. Condenada por quase 80% da população, segundo pesquisa do instituto Quest, a ação da “manada” bolsonarista foi tão estúpida e sem sentido, que além dos danos materiais, eles conseguiram unir os três Poderes e tornaram a democracia brasileira mais forte. Coordenadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a reação dos Poderes da República resultou na prisão de 1.700 terroristas, que podem pegar de quatro a 12 anos de cadeia. E no desmonte de acampamentos em frente a instalações militares de várias capitais.

Desde os primeiros momentos dos atos criminosos de Brasília, o governador Carlos Brandão colocou a Polícia Militar em estado de alerta, uma medida preventiva a um possível “efeito cascata” nos estados. Não aconteceu, mas a força policial continua mobilizada. Ainda no domingo, Carlos Brandão se reuniu virtualmente com colegas governadores, que decidiram ceder policiais militares para formar um contingente da Força Nacional no DF.  O Maranhão foi um dos primeiros estados a atender ao apelo do ministro Flávio Dino enviando 46 policiais equipados para Brasília, sendo que outro grupo de 33 seguirá na semana que vem.

A reunião do governador Carlos Brandão com o desembargador Paulo Velten, o deputado Glaubert Cutrim e o procurador geral Eduardo Nicolau foi realizada ontem, no Palácio dos Leões. Na coletiva que se seguiu, eles firmaram um pacto de união em defesa da democracia, selando o compromisso de atuar em conjunto contra qualquer ato terroristas que grupos de bolsonaristas radicais venham a praticar no Maranhão. “Ontem houve uma preocupação em relação ao efeito cascata. Em Brasília não houve um policiamento ostensivo e aconteceu essa destruição do patrimônio público por vândalos. Aqui, nós estamos reforçando o policiamento como medida preventiva”, informou Carlos Brandão.

Em perfeita sintonia com o chefe do Poder Executivo, o chefe do Poder Judiciário, desembargador Paulo Velten defendeu identificação, julgamento e condenação dos vândalos e dos financiadores dos atos extremistas, assinalando que o que está em jogo é a “saúde” da democracia brasileira. “O que querem essas pessoas? Nem elas sabem.  São, portanto, artífices do caos. Queres a desorganização dos poderes para que nada funcione. Não teremos tolerância com isso. Lugar de criminosos é na cadeia ”, disse Paulo Velten. “O mais importante de tudo isso é ver a harmonia entre os poderes. Sabemos que aqui no Maranhão estamos em uma situação sob controle. Fico à disposição para colaborar”, frisou o deputado Glaubert Cutrim.

Ontem à tarde, o governador Carlos Brandão participou da reunião dos 27 governadores com o presidente Lula da Silva (PT) e as cúpulas do Judiciário e do Legislativo, que se uniram para combater o terrorismo no plano nacional.

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