Como enfrentar a dor da perda é tema de série do TJMA

Em vídeo, psicóloga afirma que toda perda vai importar e doer, e que é natural nos sentirmos assim.

Na nova edição da série “Saúde no Judiciário”, a psicóloga Ingrid Rodrigues, da Divisão Médica do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), fala sobre o processo de luto vivenciado por pessoas que perderam alguém amado para a Covid-19, durante a pandemia mundial. Atualmente, mais de 350 mil famílias brasileiras já passaram por esta triste situação.

Assista ao vídeo da Série “Saúde no Judiciário”:

Ingrid Rodrigues lembra que, apesar de todo o sofrimento causado, o processo de luto é necessário. “O luto é um processo pelo qual precisamos passar. Sabemos que não é agradável, não é fácil. E nem significa necessariamente que precisaremos de tratamentos e medicamentos nesses casos. Vai depender de cada situação”, afirmou.

Apesar do grave cenário, Ingrid ressalta que o diagnóstico de Covid-19 não é terminal e, que portanto, precisamos tentar dissociar essa ideia de nossas mentes. Segundo as estatísticas, existem muito mais pessoas que tiveram a doença e sobreviveram, ficaram bem. “Mas sabemos que ao termos alguém que faleceu, as estatísticas não importam”, frisou.

A psicóloga afirma ouvir inúmeros relatos sobre sentimentos de dor, tristeza e, inclusive, culpa pela perda de pessoas queridas, nesse período. “Precisamos parar de fazer perguntas cujas respostas fogem ao nosso controle. Afinal, estamos lidando com uma doença nova. Tudo isso nos assusta e nos limita. Toda perda vai importar, vai doer mesmo. É natural nos sentirmos assim, mas também é fundamental reagirmos a essa situação”, alerta.

Ao falar sobre o sentimento de medo vivenciado atualmente por bilhões de pessoas, durante a pandemia, a psicóloga lembra que o nosso objetivo de vida não deve se restringir a cumprirmos metas e sobrevivermos. “Se estamos com medo da morte, a melhor coisa a fazermos é valorizar nossas vidas”, aconselha.

ALGUM NORMAL

Durante o vídeo, Ingrid Rodrigues nos aconselha a nos aproximarmos das relações pessoais e profissionais, mesmo que seja por meio da tecnologia, buscando algum normal, nesse período, com vistas à melhoria da qualidade de vida.

“Não acredito em novo normal. Espero muito o velho normal, do qual sentimos tanta falta. Mas enquanto ele não vem, precisamos criar algum normal. Quanto mais a nossa vida atual parecer com a nossa vida normal, mais saúde mental e equilíbrio vamos ter”.

A psicóloga conclui o vídeo com uma mensagem especial para todos que vivenciam o processo de luto: “A perda de uma pessoa importante pode ser transformada em saudade. E desta forma, ela permanecerá conosco pra sempre”.

PROJETO

O projeto “Saúde no Judiciário” é desenvolvido pela Coordenação de Serviço Médico, Odontológico e Psicossocial da Diretoria de Recursos Humanos do TJMA. Os vídeos da série ficam disponíveis em todas as redes sociais oficiais do TJMA (tjmaoficial): no Instagram, Twitter, YouTube e Facebook.

SUGESTÕES

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