Reunião debate reconhecimento do Coroadinho como quilombo urbano

Na manhã desta quarta-feira, 25, o Ministério Público do Maranhão participou de reunião do Projeto Pertencer – Sou Coroadinho, Sou Quilombola, no Centro Educa Mais Dorilene Silva Castro, no Coroadinho, para tratar da elaboração do projeto cujo propósito é obter o reconhecimento da comunidade como quilombo urbano, pela Fundação Palmares, do Governo Federal. Em São Luís, o bairro da Liberdade já obteve a certificação.

Do Ministério Público do Maranhão participaram a diretora da Escola Superior do Ministério Público do Maranhão, Karla Adriana Farias Vieira, e o titular da Promotoria de Justiça Distrital da Cidadania – polo Coroadinho, Antônio Coelho Soares Júnior. Professores, lideranças comunitárias, representantes do Executivo Estadual e estudantes também estiveram presentes.

Antônio Coelho Júnior reforçou a importância da união da comunidade

A diretora da ESMP, Karla Adriana Vieira, abriu a audiência, ressaltando que o reconhecimento de um quilombo urbano é, sobretudo, a valorização de uma propriedade imaterial. “Nós viemos falar aqui um pouco sobre a importância do processo de credenciamento do bairro como quilombo urbano. Então, estamos tratando de identidades, de validação de história e de pertencimento”, frisou.

Em seguida, o promotor de justiça Antônio Coelho Júnior reforçou a importância da união da comunidade, dos movimentos sociais e das instituições para a conquista da certificação do bairro como quilombo urbano. “Nós estamos com esse objetivo de criarmos um vínculo ainda maior entre o Poder Público, as mulheres, os estudantes e todos os moradores para fortalecermos o propósito do reconhecimento.

Abrindo a audiência, Karla Adriana Vieira destacou o valor das propriedades imateriais

E completou: “Na realidade, sabemos que o Coroadinho já é um quilombo, porque há uma identidade, uma história de subjetividades e de narrativas. Portanto, nós temos que lutar para mantê-las”.

Também compuseram a mesa a gestora do Centro Educa Mais Dorilene Silva Castro, Maria Luiza da Silva; a secretária de Estado da Juventude do Maranhão, Tatiana de Jesus Pereira Ferreira; o secretário de Estado de Igualdade Racial; Gerson Pinheiro de Souza; a secretária-adjunta dos Povos e Comunidades Tradicionais da Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop); Creuzamar Pinho.

Igualmente participaram a assistente social, diretora da Rede Perifa Connection e fundadora do Coletivo de Mulheres Negras da Periferia, Ju do Coroadinho; a professora Cristiane Mendes, do Núcleo de Educação Comunitária (Neduc) e a superintendente da Secretaria de Estado da Mulher, Ana Rosa Silva.

Estudantes se manifestaram ao final da reunião

Ao final, após a manifestação de todos da mesa, foi feita uma escuta com os alunos presentes na audiência.

ETAPAS

Outras reuniões ainda devem ser realizadas em diversas áreas do bairro. Como segunda etapa do processo, uma pesquisa será feita para levantar a história da comunidade, os saberes e valores culturais imateriais dos moradores e do local. Em seguida, um projeto será elaborado e passará pela aprovação na Câmara de Vereadores de São Luís e da Assembleia Legislativa. Por último, será enviado para Brasília para a avaliação da Fundação Palmares.

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