PSB, PCdoB e PT vão iniciar conversas sobre candidatura à Prefeitura de São Luís

Duarte Jr., Carlos Lula, Paulo Victor, Márcio Jerry, Felipe Camarão e Zé Inácio são os nomes da base governista lembrados para enfrentar o prefeito Eduardo Braide na corrida às urnas

Depois das festas juninas, os partidos da aliança governista – PSB, PCdoB e PT – vão iniciar efetivamente conversas internas visando definir suas posições em relação à disputa pela Prefeitura de São Luís. Dentro desse grupo, que tem como líderes o governador Carlos Brandão e o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), ambos do PSD, ganha corpo a observação de que, embora esteja bem avaliado, tenha o controle da máquina e tenha aparecido como líder nas duas primeiras pesquisas confiáveis sobre a sucessão na Capital, o prefeito Eduardo Braide (PSD) é um candidato fortíssimo, mas não imbatível. Essa avaliação é feita no âmbito dos arraiais socialista, comunista e petista, onde há vozes defendendo a união de todos em torno de um candidato do grupo, como também atuam os que admitem que esse grupo pode lançar mais de um candidato, e que todos se reúnam na hipótese de um dos escolhidos chegar ao 2º turno. Essas conversas não serão definitivas, mas servirão para lastrear as decisões que serão tomadas pela cúpula governista no ano que vem.

O PSB é, de longe, o partido da base governista, mais cacifado para lançar candidato. E conta com o mais forte entre os nomes lembrados, o deputado federal Duarte Jr., candidato do Republicanos em 2020, apoiado ostensivamente pelo então vice-governador Carlos Brandão, e que disputou o segundo turno com o então deputado federal Eduardo Braide em 2020, que venceu com 55,53% dos votos, contra 44,47% do concorrente governista. Duarte Jr. já ganhou o aval da cúpula nacional do PSB e apareceu nas primeiras pesquisas como o principal adversário de Eduardo Braide para 2924, e tem dito, reiteradamente, que não abre mão da candidatura. A cúpula do partido o tem como um trunfo, mas ainda a não se manifestou sobre o assunto. O PSB tem também o deputado estadual Carlos Lula, um quadro respeitado e que se coloca à disposição do partido para encarar a disputa em São Luís.

PCdoB, que perdeu muito peso político e eleitoral depois que o então governador Flávio Dino, em 2022, migrou com um grande grupo para o PSB, vem senso sacudido pela surpreendente e ostensiva ação política do vereador Paulo Victor, presidente da Câmara Municipal, colocando os vereadores no epicentro da política municipal e se posicionando como pré-candidato à Prefeitura. Comandado pelo deputado federal Márcio Jerry, ele também nome lembrado para a disputa, o PCdoB não está incorporando plenamente esse projeto, embora nas suas fileiras existam apoiadores da ação do presidente da Câmara. Paulo Victor sabe o PCdoB não é a máquina partidária que precisa, e por isso não descarta a possibilidade de mudar de partido. Ainda é cedo para se prever um desfecho dentro do PCdoB, que pode, no fim das contas, não lançar candidato e apoiar um nome do grupo.

Partido que tem por método, cultura e tradição debater exaustivamente as suas decisões, principalmente as relacionadas com candidatura majoritárias, o PT vai decidir se lança candidato próprio em São Luís ou apoia uma candidatura do grupo. Na verdade, o PT só tem um nome com estatura para entrar na disputa pelo comando político e administrativo da Capital: o vice-governador Felipe Camarão. Mas ele está muito envolvido com o projeto educacional do Governo Brandão e se preparando para assumir o Governo em abriu de 2026, para disputar a reeleição em outubro. Trata-se um projeto denso, maior, que envolve o futuro da aliança governista, e que por isso não dá para ser interrompido por uma desgastante disputa pela Prefeitura de São Luís. Outros nomes do PT – como o deputado estadual Zé Inácio e o atual superintendente regional do Incra, Zé Carlos Nunes, mas é pouco provável, que o partido lance um deles.

As conversas no âmbito de cada partido certamente versarão sobre esses nomes, avaliando possibilidade de cada um como candidato solo ou liderando uma aliança. Todos sabem que o adversário é páreo duro, movido pelo favoritismo e embalado pela tradição de que desde a redemocratização, com exceção de João Castelo (PSDB), que tentou a reeleição e perdeu para Edivaldo Jr. (PTC) em 2012, todos os prefeitos que tentaram a reeleição se deram bem.

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