Movimentação intensa de ministros mostra relação produtiva do Maranhão com Brasília

Foto 1: Centro: Eliziane Gama, Carlos Brandão, Simone Tebet, Flávio Dino, Sônia Guajajara e Márcio Macedo entre parlamentares e aliados. Foto 2: Esquerda: Carlos Brandão, Welington Dias e Sônia Guajajara e Foto 3: Direita: Juscelino Filho, Simone Tebet, Márcio Macedo e Carlos Brandão

O Maranhão, por meio do seu Governo, voltou a ter uma relação saudável e produtiva com o Governo da União. Essa situação, que começou a ser desenhada ainda na campanha eleitoral, ganhou força com as manifestações do candidato e depois presidente Lula da Silva (PT) em relação ao estado. E proximidade se deve ao seu peso político e eleitoral no estado, ao estreitamente da sua aliança com o então governador e hoje senador licenciado Flávio Dino (PSB), atual ministro da Justiça e Segurança Pública, e com o governador Carlos Brandão (PSB), e também em razão da sua relação com o ex-presidente Sarney (MDB). O reflexo mais nítido desse contexto é a intensa agenda ministerial no estado, havendo poucas das 18 semanas do ano já transcorridas que não tenha registrado a presença de um ou mais ministros no Maranhão. E o exemplo mais cristalino foi a semana que passou, quando nada menos que sete membros do escalão federal estiveram em São Luís participando de uma série de eventos.

Quais ministros estiveram em São Luís e o que vieram fazer no Maranhão? Simone Tebet (Planejamento) e Márcio Macedo (Secretaria Geral da Presidência da República) vieram ao estado realizar a plenária estadual do Plano Plurianual (PPA) Participativo 2024–2027, em ato no qual o governador Carlos Brandão lançou o Orçamento Participativo (OP) para 2023.          Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Cida Gonçalves (Mulheres) e Sônia Guajajara (Povos Originários) conheceram programas sociais do Governo do Estado, como os restaurantes Populares, participaram do lançamento do Programa de Políticas Públicas para as Mulheres, tendo recebido homenagens da Assembleia Legislativa. Vale destacar que o ministro Wellington Dias cumpriu a recomendação do presidente Lula da Silva de conhecer o programa dos Restaurantes Populares, de modo a usá-lo como modelo para o programa federal de combate à fome. Os ministros Flávio Dino (Justiça) e Juscelino Filho (Comunicações) participaram dos dois eventos.

A inclusão destacada do Maranhão nas agendas ministeriais é o resultado da soma de alguns fatores fundamentais. O primeiro é a forte ligação política do presidente Lula da Silva com os maranhenses, bastando para explica-la as três vitórias eleitorais retumbantes que alcançou no estado em 2002 (contra José Serra), 2006 (contra Geraldo Alckmin) e 2022 (contra o presidente Jair Bolsonaro). Essa relação foi fortemente estreitada pelo governador Flávio Dino, que foi uma das principais vozes contra o processo, a sentença e a prisão do ex-presidente, um dos principais apoiadores da sua campanha presidencial, e agora o mais eficiente e combativo dos seus ministros. Some-se a esses fatores as ações do governador Carlos Brandão para manter e até ampliar essa relação. Vale lembrar que o presidente Lula da Silva visitou Maranhão na crise social causada pelas enchentes.

Não há registro de momento mais favorável na relação do Maranhão com Brasília desde quando José Sarney foi presidente tendo Epitácio Cafeteira (MDB-PTB) como governador. O governador João Alberto (PMDB) foi apontado como inimigo pelo presidente Collor de Mello (PMN), que também não foi correto com o Maranhão no Governo Edison Lobão (PMDB). O Maranhão foi tratado com decência nos dois governos do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sob o comando de Roseana Sarney (PMDB), mas a relação afundou com o escândalo da Lunus. A relação do Maranhão com a União foi estável durante os governos de José Reinaldo Tavares (PFL-PTB) e Jackson Lago (PDT), ganhando força quando Roseana Sarney reassumiu o Governo em 2009, para ter uma relação boa com a presidente Dilma Rousseff (PT). Sob o Governo Flávio Dino, o Maranhão conviveu bem com Dilma Rousseff, foi tratado com distância pelo Governo Michel Temer (MDB) e transformado em território inimigo durante o Governo de Jair Bolsonaro (PL).

Não há dúvida de que os frequentes desembarques de ministros da República em São Luís, para cumprir agenda de trabalho de interesse do estado e da União, representam uma sintonia fina entre o presidente Lula, o ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão. Que deve ser mantida pelo menos até 2026, apesar das ações políticas daninhas que ocorrem no entorno do ministro da Justiça e Segurança Pública e do governador do Estado.

Via Repórter Tempo

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