Brandão está construindo as condições para uma relação produtiva com o Planalto

Carlos Brandão deve estreitar relações com Lula da Silva e Flávio Dino para fortalecer o seu Governo

Se consumou o processo eleitoral de 2022 e recolocou o Brasil nos trilhos da democracia plena, afastando-o da ameaça autoritária, a diplomação do presidente eleito Lula da Silva (PT) e de seu vice Geraldo Alckmin (PSB) teve forte impacto no Maranhão. Isso porque, além da escolha do senador eleito Flávio Dino (PSB) para o Ministério da Justiça e Segurança Público, o desfecho e a consolidação da eleição presidencial foram intensamente comemorados pelo governador reeleito Carlos Brandão (PSB), que terá uma forte base aliada em Brasília. Apoiado pela maioria das bancadas maranhenses na Câmara Federal e no Senado da República, o governador Carlos Brandão contará com aliado decisivo no Palácio do Planalto e também no Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente da República. Esse cenário sugere que, usando a habilidade que o levou ao Palácio dos Leões, o chefe do Executivo maranhense reúne as condições necessárias para que o poder central inclua os pleitos maranhenses na sua lista de prioridades.

“Viemos aqui prestigiar a luta do Brasil e do Maranhão por segurança jurídica, segurança política e políticas públicas. Nós precisávamos de um governo federal parceiro. Agora, além do presidente Lula, temos o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Eles serão grandes parceiros e vão ajudar muito nosso Governo, que será de grandes realizações”, declarou o governador Carlos Brandão, que segundos depois disse, sem modéstia: “O Maranhão está em boas mãos, o Brasil está em boas mãos”.

Com a cabeça no lugar e os pés no chão, o governador Carlos Brandão vive, de fato, uma situação diferenciada em relação aos seus colegas chefes de Estado. Para começar, vale lembrar a promessa que o então candidato a presidente Lula da Silva fez em comício-gigante em São Luís durante a campanha para as eleições de outubro: “Eu já disse, e vou repetir: se eu for eleito, quero que o governador Carlos Brandão me leve seus projetos mais importantes para o Maranhão, para que possamos trabalhar para viabilizá-los”. O então já governador reeleito Carlos Brandão reagiu no ato fazendo um gesto de positivo, e depois, reforçando o acerto, informou que levará os projetos ao Palácio do Planalto logo em janeiro.

A julgar pelos seus movimentos, o governador Carlos Brandão parece disposto a aproveitar todas as oportunidades para manter produtiva a relação do seu Governo com o Governo Central. Ele precisa levar à frente os programas mais ambiciosos herdados do Governo Flávio Dino, mas sabe que enfrentará enormes dificuldades se não estiver respaldado pelo Governo Federal. Para isso, contará também com o apoio do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que assumiu esse compromisso durante a campanha eleitoral. O Governo do Maranhão precisa de recursos novos para investir em educação, saúde, infraestrutura viária, restaurante popular, entre outros, e só pode contar com o Governo Federal.

Determinado a manter o jogo a seu favor, Carlos Brandão tem atuado intensamente nos bastidores do futuro Governo Lula da Silva, convencido de que alcançará o momento oportuno para colocar em prática os acertos feitos com o presidente eleito. Se, de algo forte venha a descalibrar a relação Palácio dos Leões/Palácio do Planalto no novo Governo, o governador Carlos Brandão tem experiência de se movimentar nos bastidores, como aconteceu com outros governadores que já avançaram na relação com o presidente eleito e já diplomado Lula da Silva. O governador do Maranhão reúne, portanto, todas as condições para construir e consolidar parcerias com presidente da República a partir de janeiro, uma relação impossível com o governo que está nos seus últimos e tumultuados suspiros.

Com a experiência que o levou de vice a governador reeleito do Maranhão, Carlos Brandão sabe que o caminho mais seguro para garantir acesso no próximo Governo é trabalhar com firmeza pela estabilidade política e pela governabilidade, que está fortemente ameaçada no País.

Via Repórter Tempo

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