Brandão mostra segurança e começa a dar forma e cara ao seu Governo

Carlos Brandão: firmeza nas decisões e palavra final no comando do Governo do Estado

Quem imaginou que Carlos Brandão (PSB) seria um governador inseguro e influenciado por terceiros, tropeçou na avaliação. O governante reeleito do Maranhão vem dando seguidas demonstrações de que governa em sintonia com seus principais aliados, mas tem a palavra final sobre tudo o que diz respeito ao Poder Executivo, a começar pelas decisões de Governo, sobre o qual tem domínio total desde que assumiu, no início de abril. “Até agora, ele não vacilou em nenhuma tomada de decisão”, disse à Coluna um dos seus mais próximos aliados. E é com esse cacife e esse senso de autoridade que o governador reeleito vai aos poucos moldando rapidamente a imagem do seu Governo ainda embrionário. E foi com base nessa linha de ação que decidiu manter o Governo funcionando a pleno vapor, e vai preparando, para depois da diplomação como governador reeleito, a montagem do seu novo Governo, a ser instalado em janeiro. Ao mesmo tempo, Carlos Brandão chamou para si a tarefa de comandar a campanha do ex-presidente Lula da Silva (PT) no Maranhão, avisando que só depois do 2º turno se dedicará a montar as peças da sua equipe de governo.

Nos primeiros dias da sua gestão, o governador Carlos Brandão atuou de maneira discreta e cautelosa, o que agora é explicado pelo fato de que, naquele momento, ela já começava a ser afetado pelo problema de saúde. E para evitar que a situação se tornasse mais grave mais à frente, com a confirmação da dificuldade na saúde, ele tomou todas as providências no campo administrativo, para poder se afastar, sem maiores problemas, por 45 dias. No mês e meio que permaneceu em São Paulo, e com a anuência do governador interino, desembargador Paulo Velten, Carlos Brandão participou de todas as decisões de Governo por meio de vídeoconferência, realizando de pelo menos duas reuniões virtuais por dia com membros do secretariado. Recuperado, deu ao Governo um ritmo de maratona, inaugurando e anunciando obras, e anunciando decisões, como a criação do curso de Medicina na UEMA, entre outras.

No campo político, o governador comandou a vitória da sua coligação no 1º turno das eleições, que resultou na sua reeleição e na eleição do ex-governador Flávio Dino (PSB) para o Senado, e com aliados na Câmara Federal e muita força na Assembleia Legislativa. Além disso, foi um dos principais apoiadores do ex-presidente Lula da Silva (PT) no Maranhão, onde o petista alcançou 68% dos votos, contra 26% obtidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi do governador reeleito, por exemplo, a meta de elevar a votação do ex-presidente para 80% no estado, anunciada na segunda-feira (3/10), quando, juntamente com o senador eleito Flávio Dino, liderou comício na Praça Deodoro. Ali, ele convocou a militância aliada, a “enfrentar o sol e a lua”.

Ainda no campo político, independentemente do resultado da eleição presidencial, o governador Carlos Brandão parece determinado a evitar que divisões políticas criem situações de tensão no Maranhão. E deixou isso claro ontem, quando divulgou nas suas redes proposta no sentido de que as diferenças políticas sejam superadas, avisando que está aberto ao diálogo, e que no seu Governo não retalia adversários eleitorais. E foi mais claro: “Em eleição é natural que haja disputa e acirramento de ânimos. Mas no Governo não há espaço para ódio nem perseguição. Governamos para o Maranhão, para melhorar a vida do povo”. E deu uma demonstração prática ao receber o comando da Fetaema, a mais importante entidade que congrega sindicatos de trabalhadores rurais no Maranhão, que no 1º turno das eleições atuou alinhada ao candidato do PDT, senador Weverton Rocha. Na parte mais informal da conversa, disse que “isso é página virada”.

As decisões e atitudes do governador reeleito Carlos Brandão são reveladoras de que ele sabe onde está, sabe o que está fazendo e sabe onde quer chegar. E com a certeza de que terá o apoio do seu maior aliado, o senador eleito Flávio Dino e seu grupo.

Via Repórter Tempo

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