Pré-candidatos ao Governo começam a definir suas relações com pré-candidatos a presidente

Carlos brandão vai com Lula da Silva, Weverton Rocha ainda não declarou apoio a Ciro Gomes, Lahesio, Josimar de Maranhãozinho e Roberto Rocha vão com Jair Bolsonaro; Hertz Dias apoia Vera Lúcia; Simplício Araújo deve apoiar Lula da Silva; Edivaldo Jr. aguarda decisão do PSD e Enilton Roxdrigues não tem candidato a presidente

Ao mesmo tempo em que vão montando e ajustando suas bases e suas chapas, os pré-candidatos ao Governo do Estado já definem seus candidatos a presidente da República. A participações dos pré-candidatos presidenciais nas chapas estaduais variam muito de importância. Enquanto Lula da Silva (PT) tem peso elevado no cacife político e eleitoral do governador e candidato à reeleição Carlos Brandão (PSB), Ciro Gomes (PDT) parece ainda não existir para o pré-candidato do PDT ao Governo estadual, senador Weverton Rocha, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, pode acabar ganhando três palanques no Maranhão, por meio das pré-candidaturas do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSC), do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e do senador Roberto Rocha (PTB). Além desses, só o pré-candidato do PSTU, Hertz Dias, conta com a candidata presidencial do partido, Vera Lúcia. Edivaldo Holanda Jr. (PSD) ainda não tem parceiro presidencial, mas seu partido certamente se aliará a um nome, e Simplício Araújo (Solidariedade), deve apoiar o pré-candidato petista. Enilton Rodrigues (PSOL) é o único pré-candidato a governador cujo partido não tem candidato a presidente.

Além de já ter composto sua chapa, o governador Carlos Brandão poderá entrar na pré-campanha presidencial tão logo PT e PSB formalizem a chapa Lula da Silva/Geraldo Alckmin. O acordo agora só depende do ex-presidente e do PT, uma vez que o PSB fez a parte dele na sexta-feira (8) ao indicar o ex-governador de São Paulo para ser o seu companheiro de chapa. No momento em que Lula da Silva for confirmado pré-candidato do PT, a aliança será ratificada, abrindo caminho para que o governador Carlos Brandão possa inclui-la no seu discurso de campanha. O fato é que a chapa Lula/Alckmin atuará no Maranhão no palanque do governador Carlos Brandão. Se mantiver sua candidatura, Simplício Araújo seguirá a orientação do seu partido, o Solidariedade, de apoiar a chapa Lula/Alckmin.

Ainda que o seu partido, o PDT, tenha pré-candidato definido ao Palácio do Planalto, o ex-governador cearense e ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes, o pré-candidato do partido ao Governo do Maranhão, senador Weverton Rocha, ainda não bateu martelo sobre apoia-lo ou não. Weverton Rocha apostou alto numa aliança com o PT e o ex-presidente Lula da Silva, mas a aposta foi perdida, de um lado pela confirmação da pré-candidatura de Ciro Gomes pelo PDT, e de outro pela aliança PT/PSB. Complica ainda mais a situação o agora agressivo discurso antiLula adotado por Ciro Gomes, que para muitos analistas, favorece o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

No jogo dos apoios estaduais, o presidente Jair Bolsonaro poderá ter três palanques, caso os três pré-candidatos bolsonaristas não cheguem a um acordo, o que parece cada vez mais distante. Lahesio Bonfim vinha ensaiando independência em relação ao presidente Jair Bolsonaro, mas o seu ingresso no PSC, comandado no Maranhão pelo deputado federal bolsonarista Aloísio Mendes, vice-líder do Governo na Câmara Federal, o que faz dele um dos “homens de confiança” do presidente da República no Congresso Nacional. Lahesio Bonfim ganhou a sigla, mas com a contrapartida de incluir o projeto de reeleição do presidente no seu discurso de campanha. Por sua vez, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho montará palanque para Jair Bolsonaro no Maranhão mesmo que venha retirar sua pré-candidatura a governador para se candidatar à Assembleia Legislativa e investir na pré-candidatura da deputada estadual  Detinha (PL), sua esposa, à Câmara Federal.  E, finalmente, o senador Roberto Rocha, que ainda não decidiu se disputará a eleição para governador ou para senador.  Mas, independentemente do que vier a disputar, a condição dele de presidente estadual do PTB o obriga a montar palanque para o presidente no Maranhão. Vale destacar que os três pré-candidatos bolsonaristas juntos formam uma força eleitoral considerável.

O circuito dos “com candidato presidencial” se fecha com Hertz Dias, pré-candidato do PSTU ao Governo do Estado, que terá também a tarefa de abrir espaço para a candidata do partido à presidência da República, a militante social Vera Lúcia, que entra no páreo pela segunda vez.

Já os “sem candidato presidencial” se resumem a dois. O primeiro é Edivaldo Holanda Jr., cujo partido, o PSD, ainda não decidiu se lançará um nome ao Palácio do Planalto ou participará de uma composição indicando o candidato a vice. Essa definição virá nos próximos dois meses, e vai depender muito da articulação que está sendo feita para o lançamento de uma chapa na chamada “terceira via”. Por enquanto, Edivaldo Jr. faz pré-campanha sem incluir a corrida presidencial no seu discurso. O outro caso é Enilton Rodrigues, pré-candidato do PSOL, partido que decidiu não lançar candidato a presidente, mas com indicativos de que poderá apoiar a chapa Lula/Alckmin num eventual segundo turno.

Por enquanto, é esse o cenário para a montagem dos palanques presidenciais no Maranhão.

Via Repórter Tempo

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