Sucessão: líderes lançam Dino ao Senado e pregam unidade e apoio a candidato do grupo

Entre o deputado Othelino Neto e a senadora Eliziane Gama, Flávio Dino posa com líderes partidários após reunião no Palácio dos Leões. Atrás dele os pré-candidatos Josimar de Maranhãozinho, Carlos Brandão, Weverton Rocha e Simplício Araújo

Unidade do grupo, apoio de todos à candidatura do governador Flávio Dino (PSB) para o Senado, lançar apenas um candidato do Governo – a ser escolhido depois da definição das regras para as eleições -, não cometer os erros cometidos na eleição de São Luís, e apoio aos programas mais importantes do Governo, como o Escola Digna, por exemplo. Foram essas as decisões tomadas ontem à noite, no Palácio dos Leões, na reunião do governador Flávio Dino com os líderes dos partidos que integram a sua base, entre eles os quatro pré-candidatos à sua sucessão – o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), o senador Weverton Rocha (PDT), o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo (Solidariedade) – e o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), para discutir as eleições do ano que vem, em especial a sua sucessão. O governador Flávio Dino abriu o encontro apresentando um balanço da sua gestão, defendendo a continuação dos programas principais e fazendo um apelo para que o grupo permaneça unido e construa consenso em torno de um candidato à sua sucessão. Os participantes assinaram uma carta de apoio ao elenco de compromissos, confirmando a unanimidade pela candidatura do chefe do Executivo ao Senado.

Na sua fala, Flávio Dino defendeu a unidade do grupo, argumentando que juntos os partidos tornarão o grupo cada vez mais forte. O sentido maior da unidade do grupo é conquistar vitória no processo eleitoral. Se os partidos não permaneceram mobilizados em torno do objetivo maior que é vencer as eleições, estarão abrindo caminho para fortalecer adversários. Os líderes presentes se manifestaram em apoio à proposta de unidade, ratificando suas posições assinando a carta-compromisso.

Outro item decidido foi o apoio unânime à candidatura do governador Flávio Dino ao Senado. Na conversa com os líderes partidários, o governador confirmou seu projeto de disputar a vaga de senador, descartando a possibilidade de vir a ser candidato a presidente ou a vice-presidente da República. Essa decisão levou os presidentes dos partidos da base a firmarem posição no sentido de não lançar candidatos ao Senado. Com essa decisão, que consta na carta-compromisso, praticamente selou a pré-candidatura do governador, que nas últimas pesquisas sobre os cenários aparece como franco favorito à vaga de senador, que será aberta com o encerramento do mandato do senador Roberto Rocha (sem partido), que sem chance de reeleição, está caminhando para disputar o Governo. Em todas as pesquisas Flávio Dino lidera com mais da metade das intenções de voto.

Na reunião foi decido do também que o grupo lançará apenas um candidato a governador, que deve sair de um consenso. Carlos Brandão, Weverton Rocha, Josimar de Maranhãozinho e Simplício Araújo concordaram, vão continuar tentando viabilizar seus projetos de candidatura, mas agora com o compromisso de apoiar o candidato que na época estiver na melhor condição. A escolha deve ocorrer entre Outubro e Dezembro, quando as regras para o pleito eleitoral do ano que vem estiverem definidas. Com esse compromisso, o governador Flávio Dino não quer que se repita o que aconteceu na eleição para a Prefeitura de São Luís, na qual o grupo se dividiu e facilitou a eleição de Eduardo Braide (Podemos), que já era favorito e foi turbinado com o apoio do PDT e DEM.

Os participantes firmaram compromisso de, se o eleito for o candidato do grupo, apoiar a continuidade dos programas sociais do atual Governo estadual, como o Escola Digna – já são mais de mil -, Iemas, estrutura hospitalar, restaurantes populares –  recebeu cinco e implantou mais 49 -, entre outras ações. O governador lembra que estados que avançaram na guerra contra a fome e a pobreza, como o Ceará, por exemplo, deram continuidade a programas sociais durante décadas, vendo-os como conquistas do Estado e não só de Governos.

A reunião de ontem foi bem avaliada por todos os participantes. Primeiro porque quebrou a onda de especulações a respeito da sucessão no Governo do Estado. Segundo porque definiu consenso em relação à candidatura de Flávio Dino ao Senado. E terceiro porque obteve consenso a favor do ponto central: a unidade do grupo para as eleições do ano que vem.

Via Repórter Tempo

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