A deputada Iracema Vale (PSB) foi reeleita presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, para o biênio 2025/26, na tarde desta quarta-feira (13).
A parlamentar obteve, em dois escrutínios, 21 votos, garantindo a sua recondução por possuir mais idade em relação do deputado Othelino Neto (SDD), que também recebeu 21 indicações em sua candidatura lançada de maneira avulsa.
A eleição, com a alteração do Regimento Interno da Casa, aconteceu de maneira secreta em uma cabine instalada no próprio plenário Deputado Nagib Haickel.
O resultado de empate entre Iracema e Othelino trouxe muita surpresa para classe política e para profissionais da imprensa que ainda estão acompanhando o pleito.
Ocorre que o deputado, que faz oposição ferrenha ao Palácio dos Leões, aparecia na bolsa de apostas com um quantitativo máximo variando entre oito a doze votos.
O empate com a deputada confirmou a tese de que várias defecções foram contabilizadas no campo parlamentar ligado ao Governo.
Isto aconteceu, de acordo com avaliação do editor do Blog, por alguns motivos, quais sejam: por tratar-se de uma eleição secreta, deputado e deputadas – inclusive alguns que integram a chapa da atual presidente – decidiram votar em Othelino como forma de manifestar insatisfação ou protesto em relação ao campo político do qual eles pertencem; comenta-se, nos bastidores, que houve interferência “suprema” que contaminou a decisão destes parlamentares; deputados (as) que, antes, haviam declarado voto em Iracema, e optaram, de maneira secreta, por Othelino, quiseram enviar aos Leões uma espécie de recado acerca da chamada governabilidade no Palácio Manoel Beckman e, desta forma, pressionar o governo sobre interesses.
O certo é que uma avaliação extremamente minuciosa já está sendo feita por governistas e pela oposição. representada por aliados do ex-governador Flávio Dino, hoje ministro do STF, como é o caso de Othelino, por exemplo.
Neste momento, ainda estão acontecendo as eleições para o cargo de 1º vice-presidente – disputam Antônio Pereira (PSB) e Júlio Mendonça (PC do B); 1º secretário – disputam Davi Brandão (PSB) e Fernando Braide (PSD) – e para a chapa única encabeçada pela presidente já reeleita.
