Rádio Timbira: 83 anos de história integrada com as novas tecnologias

– Redação da Rádio Timbira (Foto: Handson Chagas)
Há 83 anos os lares maranhenses recebiam pela primeira vez as ondas da emissora mais antiga e com maior tempo no ar no Maranhão: a Rádio Timbira. Originalmente as transmissões eram realizadas na frequência de onda média (AM 1940 kHz) e, atualmente, a rádio opera na frequência FM 95.5 Mhz. Ao longo dos anos, a emissora fez da tecnologia uma das suas aliadas na disputa pela preferência dos ouvintes.

Hoje, mais que ouvir os programas, o público da rádio pode assistir as transmissões ao vivo no site da rádio e no canal no YouTube. Além disso, podem carregar a Timbira para onde quiserem por meio dos aplicativos disponíveis para celulares IOS e Android. Todas estas mudanças recentes deram mais conectividade com o ouvinte e maior atuação nas redes sociais.

O governador Carlos Brandão, ressalta que a rádio, que faz parte da estrutura de comunicação do Governo do Maranhão, sendo ligada à Secretaria de Estado da Comunicação Social (Secom), continua muito próxima da população maranhense e atenta aos principais acontecimentos do Maranhão, do Brasil e do mundo.

“A Rádio Timbira é cada vez mais inovadora e moderna no segmento. Alia-se neste contexto a experiência de quem fez rádio AM ao longo de décadas com a dinâmica da FM, ampliando sensivelmente a audiência. Além disso, a rádio, que está firmemente alicerçada no importante tripé de atuação – esporte, jornalismo e entretenimento – agora temos o prazer de vê-la alcançar os meios digitais com força e com uma programação diversificada”, explica o governador Carlos Brandão.

A sub-secretária de Comunicação, Waldirene Oliveira, frisa que a Timbira segue se reiventando. “A Rádio Timbira tem toda uma história de contribuição para o desenvolvimento do estado. Recebeu e continua recebendo grandes profissionais da comunicação maranhense. Ela é uma rádio que vai evoluindo junto com o tempo, se adequando às novas mídias, em um processo de renovação contínua. Atualmente, estamos nesse processo de migração da AM para FM. E todos esses processos são sempre muito positivos”, disse.

Comemorando seus 83 anos nesta semana a Rádio Timbira continua se modernizando e em breve vai trazer mais uma novidade para os ouvintes, conforme conta Robson Júnior, diretor em exercício da Rádio Timbira. “Nós estamos preparando um tipo de software que vai permitir que nossos locutores possam falar de qualquer lugar da cidade com a mesma qualidade de transmissão do estúdio. Esse equipamento vai nos permitir passar mais tempo na rua junto com os ouvintes”, informou.

 

Memórias do rádio

Destarte, para chegar aos 83 anos atenta ao que há de mais moderno, a Timbira passou por uma longa trajetória que inclui altos e baixos. Quem ajuda a recontar parte desta história é o radialista Edvan Fonseca que, entre algumas idas e vindas, está na emissora desde 1963.

“Eu entrei na Timbira em 1963. Em 1962 ela foi reativada pelo governador Newton Bello após alguns anos sem funcionar. Sob a direção de Dejard Martins, nesse ano entrou no ar o programa Sua Excelência, o Esporte, que era um programa que chamava os ouvintes. Nessa época nós tínhamos aqui profissionais como o Herbert Fontenele, que tinha um arquivo impecável de gols de todas as transmissões de jogos. Era um arquivo feito em fitas de rolo usadas em gravadores enormes”, recorda Edvan Fonseca.

A reativação da Rádio Timbira no início da década de 1960 foi possível com o uso da chamada banda internacional de 19m, que permitia transmissões de longo alcance. “Nessa época a Rádio Timbira passou a operar com um dos melhores transmissores existentes. Poucas emissoras de rádio tinham. Entre elas estavam as rádios Bandeirantes, em São Paulo, a Jornal do Comércio, em Pernambuco, e a Clube, do Pará. Com esse transmissor a rádio passou a operar em três ondas: curta, média e tropical”, explica.

Em um período no qual as novas tecnologias e as mídias digitais facilitam o acesso e a disseminação da informação, Edvan Fonseca lembra como eram feitos os plantões esportivos da rádio na década de 1960.

“Hoje a gente pode pesquisar tudo com facilidade, mas quando cheguei na Timbira a gente fazia o famoso ‘rádio-escuta’. A gente ficava com o ouvido colado no rádio para pegar os resultados dos jogos. E outra dificuldade da época era a sintonia, que nem sempre era boa. Assim que a gente pegava as notícias até mesmo dos times de outros estados”, conta Edvan Fonseca.

Edvan Fonseca conta ainda que neste período eram comuns quedas na transmissão de energia elétrica em São Luís, fazendo com que as emissoras de rádio ficassem fora do ar. Mas a Timbiras buscou formas de driblar a situação. “A Rádio Timbira usava toca discos de pilha com as músicas e os comerciais e os locutores usavam um microfone acoplado nesse sistema portátil”, diz.

Passadas seis décadas desde sua estreia na Rádio Timbira, Edvan Fonseca agora acompanha uma nova fase na modernização da estrutura da emissora, que migrou seu sinal para a frequência FM, reformulou sua programação e em breve inaugurará novos estúdios que vão permitir uma programação esportiva com música e jornalismo para atingir cada vez mais um público de todas as faixas etárias.

 

Rádio Timbira

Inaugurada solenemente dia 14 de agosto de 1941, a Rádio Timbira entrou no ar às 21h com o pronunciamento do interventor Paulo Ramos, que foi ouvido em mais de 60 municípios do Estado. Batizada inicialmente como Rádio Difusora, a Timbira ganhou esse nome em 1944, quando os Diários Associados assinaram contrato de comodato com o Governo do Estado.

Na época, todas as emissoras pertencentes à cadeia dos Diários Associados (rádios, jornais e TVs) recebiam o nome de grupos indígenas que historicamente houvessem habitado as regiões onde se localizavam as emissoras.

Sucateada na década de 1990 e início dos anos 2000, a Rádio Timbira foi totalmente remodelada em 2017, ganhando novas atrações, mais conectividade com o ouvinte e maior atuação nas redes sociais, com transmissões ao vivo no site da rádio, no YouTube e em aplicativos disponíveis para IOS e Android.

Durante oito décadas, grandes profissionais do Norte e Nordeste passaram pela rádio, fazendo com que ela ganhasse cada vez mais destaque e relevância no meio da comunicação maranhense.

Agora, a Timbira está em nova etapa de trajetória na radiofonia brasileira: migrou da faixa Amplitude Modulada (AM) para Frequência Modulada (FM). O pontapé inicial para essa mudança de operação foi dado em abril último, com a estreia da nova grade de programação da emissora. Uma programação voltada para todos os públicos, com muita música, esporte, cultura, entretenimento e informação.

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