STF decide descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, na tarde desta terça-feira (25), a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Os ministros ainda debatem critérios objetivos para diferenciar usuários e traficantes, inclusive quantidade de droga. O julgamento deve ser concluído nesta quarta-feira (26).

O relator Gilmar Mendes pediu a palavra para destacar que a descriminalização da maconha não trata-se de “liberou geral”, segundo ele. É sim, conforme destacou, um problema de saúde pública:

— A premissa é de que a droga causa danos e que as pessoas precisam ser tratadas quando são viciadas.

Posicionaram-se pela descriminalizaçãoos ministros:

  • Gilmar Mendes
  • Luis Roberto Barroso
  • Alexandre de Moraes
  • Edson Fachin
  • Rosa Weber
  • Dias Toffoli
  • Luiz Fux
  • Cármen Lúcia

Votaram contra:

  • Cristiano Zanin
  • André Mendonça
  • Nunes Marques

Flávio Dino não vota, pois sucedeu a ministra Rosa Weber (aposentada), que já votou.

O consumo de maconha não foi legalizado, ou seja, continua proibido na legislação. Uma das consequências práticas da decisão é que quem for enquadrado como usuário não terá antecedentes criminais. 

Crise com o Congresso

O julgamento aprofundou a animosidade entre o STF e o Congresso. A bancada evangélica reagiu em peso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também chegou a se manifestar publicamente contra a interferência do Judiciário. Ele defende que a regulação das drogas cabe ao Legislativo e não deveria estar sendo discutida pelo Supremo.

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