A liberação da rampa de acesso à Praça Dom Pedro II, próxima ao Palácio dos Leões, onde houve um desmoronamento há seis meses, ocorre na manhã desta sexta-feira (4). A obra de restauração do muro de contenção, iniciada no dia 21 de junho deste ano, está concluída, segundo a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra-MA).
Parte da estrutura desmoronou no dia 22 de março, em decorrência das fortes chuvas em São Luís. O local ficou interditado desde então.
Após a instalação de um novo sistema de drenagem em substituição ao antigo, desgastado pela ação do tempo, o muro foi reconstruído com todas as características originais, mantendo o acervo arquitetônico da área, que é tombada como Patrimônio Histórico da Humanidade. A liberação será feita com a retirada dos escoramentos e tapumes, dando acesso aos veículos pela rampa.
Segundo a Sinfra-MA, foram realizados estudos para avaliação da situação no entorno dos outros muros nas proximidades, que possuem as mesmas características. Foi instaurada uma investigação em todos os pontos de drenagem para garantir que tal acidente não ocorresse mais em períodos de chuvas intensas.
Ao mesmo tempo, soluções de engenharia foram submetidas ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para análise e posterior autorização para realização da obra, respeitando as características originais do local.
“Todo o sistema de drenagem foi revisado e implementada uma nova sistematização, especificamente projetada para aquela área. Os serviços ainda recuperaram parte do pavimento de concreto, acima do muro, tanto do lado do Palácio dos Leões quanto do setor da Capitania dos Portos. Foram realizadas pintura e restauração da parte estética mais superficial do passeio e do pavimento, além de sinalização horizontal e vertical”, informa a Sinfra-MA.
A rampa de acesso à Praça Dom Pedro II e as muretas ao longo da via foram construídas entre as décadas de 1960 e 1970. Por estar em área tombada pelo Patrimônio Histórico, o muro que desabou precisa ser reconstruído seguindo orientação técnica do Instituto do Iphan, que aprovou o projeto elaborado pela Sinfra e, em seguida, liberou o início da obra.