A disputa pelo cargo destinado ao quinto constitucional tem causado estremecimento nos corredores do Tribunal de Justiça do Maranhão. Os grupos da corte maranhense têm sofrido pressão e ingerência do executivo para permitir a candidatura do advogado Flávio Costa, preferido do governador.
Na mesa de debate, surgem dois presidenciáveis. A desembargadora Nelma Sarney articula-se para tentar ser presidente do Tribunal de Justiça pela primeira vez. A magistrada teria o apoio do governador Carlos Brandão, sob o pretexto de ter que emplacar o candidato Flávio Costa na lista tríplice do quinto constitucional.
Por outro lado, o desembargador Froz Sobrinho, atual corregedor da corte maranhense, habilita-se como provável candidato a presidente do órgão, contando com a base formada pelo presidente Paulo Velten, Cleones Cunha, Gervásio Protásio e demais desembargadores.
Nos últimos seis meses, o governador Carlos Brandão imprimiu com mais efetividade sua marca de fazer política. Seu modo diplomático, discreto e e articulado já lhe deu bons resultados nas mais distintas áreas de poder. Em janeiro, alçou à presidência da FAMEM o prefeito de São Mateus, Ivo Rezende. Em fevereiro, emplacou na presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, sem oposição, a deputada Iracema Vale.
Agora, apesar dos imbróglios envolvendo a vaga do quinto constitucional, o governador se depara com maiores percalços, ao encontrar os limites de independência institucional do Judiciário. Seus aliados começam a especular sobre o alto custo do cargo em discussão, por notarem o indevido estímulo a uma briga interna do TJ que deveria, em tese, ocorrer apenas no fim do ano.
Mas esta é outra história…