Flávio Dino é anunciado por Lula como ministro da Justiça e Segurança Pública


É o primeiro nome do PSB confirmado como na equipe de ministros do governo que se inicia a partir de 1º de janeiro

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta sexta-feira o nome de Flávio Dino (PSB) como o seu futuro ministro da Justiça e Segurança Pública. É o primeiro nome do PSB confirmado como na equipe de ministros do governo que se inicia a partir de 1º de janeiro.

— Dino vai ser nosso querido companheiro da Justiça, tenho certeza que vai ajudar a consertar muitas coisas nesse Brasil — disse Lula.

Senador eleito em outubro, Dino, de 64 anos, já constava como o favorito para assumir a pasta da Justiça e Segurança Pública. Ex-governador do Maranhão, ele está na coordenação do grupo técnico que discute temas relacionados à área na equipe de transição. Uma das principais medidas anunciadas como prioritária será a revogação de decretos de Jair Bolsonaro que flexibilizaram a compra e a posse de armas no país.

Durante a campanha, Lula chegou a prometer separar a pasta em duas, mas a ideia foi descartada durante as discussões do grupo da transição por avaliarem que a medida esvaziaria as funções do ministro da Justiça, uma vez que a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Fedeal e Força Nacional ficariam atreladas á Segurança Pública.

Filiado ao PT em 1987, Dino iniciou a carreira política no movimento estudantil maranhense. Aos 26, se tornou juiz federal do Maranhão e Distrito Federal e chegou a presidir a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Mais tarde, foi professor de Direito da Universidade de Brasília (UnB). Em 2005, atuou como secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No ano seguinte, se filiou ao PCdoB, partido no qual permaneceu por 15 anos, até migrar para o PSB no ano passado.

No mesmo ano em que se filiou ao PCdoB, Dino se elegeu para uma vaga na Câmara dos Deputados. Com dois anos de mandato, disputou o cargo de prefeito de São Luís nas eleições municipais de 2008, sem sucesso.

Em 2011, durante o governo de Dilma Rousseff, assumiu a presidência da Embratur, com a promessa de aumentar o fluxo de turistas estrangeiros no Brasil, diante de eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016. Em 2014, contudo, deixou o cargo para concorrer ao governo do Maranhão. Foi eleito com mais de 60% dos votos, vencendo o adversário do PMDB, Lobão Filho. Sua gestão foi marcada por ações na Educação do estado, com investimentos na reforma de escolas e em medidas contra o analfabetismo.

Pai de três filhos e autor de diversos livros sobre Direito, deixará a vaga no Senado para sua primeira suplente, Ana Paula Lobato (PDT), vice-prefeita do município de Pinheiro.

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