No Maranhão, a cidade histórica de Alcântara abriga uma das maiores festas do Divino Espírito Santo.
Misturando o sagrado e o profano, a edição de 2018 do tradicional festejo do Divino de Alcântara será realizado a partir da próxima quarta-feira (9) e segue até o dia 20 de maio. O evento tem o apoio do Governo do Maranhão, por meio da Secretária de Estado de Cultura e Turismo (Sectur), com o montante de R$ 300 mil. O recurso será utilizado para custear os 12 dias de festa, contemplando tanto a parte religiosa, com rituais dos festeiros, quanto a parte profana, que contempla grandes shows na Praça do Pelourinho.
A expectativa é que mais um ano a festa do Divino encha os becos, as ruas antigas e os casarões de Alcântara com pessoas, sentimentos e diversidade cultural, em especial pela peculiaridade que a distingue de outras festas.
Até o dia 20 de maio quando encerra o evento, Alcântara será tomada pelo clima das festividades, o que inclui a realização de missas, hasteamento de dois mastros (da Imperatriz Rita de Cássia Fonseca e da mordoma Régia Maria da Graça Oliveira Lacerda), ladainhas, alvoradas das caixeiras e cortejos que percorrem ruas, ladeiras, becos e a casa dos moradores do município. Um dos pontos altos da festa acontece no salão nobre do Palácio Imperial de Alcântara, local onde é montado um altar para apresentação dos membros da corte.
Tradição festiva
No Maranhão, a cidade histórica de Alcântara abriga uma das maiores festas do Divino Espírito Santo. Com cortejos e rituais ricos em arte, roupas, canto, dança e culinária, a festa é acima de tudo uma experiência de resistência e força da comunidade.
As caixeiras constituem elemento imprescindível e típico da Festa do Divino no Maranhão. São senhoras idosas com o encargo de tocar caixas e entoar cânticos, repetidos de cor ou improvisados, em louvor ao Divino Espírito Santo.
Originária dos colonos açorianos e seus descendentes, os festejos em Alcântara reproduzem os costumes de uma corte imperial, formada por cinco a dez ou mais crianças, na faixa etária entre 4 a 14 anos, vestidas com roupas de época, usando trajes da corte de imperadores e mordomos.