O radialista Samir Ewerton, que apresentava um programa na Rádio Universidade FM, é alvo, desde a noite de ontem (7), de uma série de denúncias de assédio sexual por partes de jornalistas do Maranhão.
O caso veio à tona após o depoimento da jornalista transexual Lohanna Pausini. Em um blog na internet (veja aqui), ela relatou ter sido procurada pelo profissional, que sugeriu sexo em troca de uma vaga de emprego na TV Metropolitana – emissora que está se instalando no estado.
“O homem que aparece nessas conversas é o radialista Samir Ewerton que de forma despudorada foi imediatamente insinuando que para que a vaga fosse minha eu deveria ter relações sexuais com ele, enfatizando que tinha uma fantasia em ter relações sexuais com uma transex”, afirmou Pausini, ao compartilhar prints das conversas.
A partir desse depoimento, várias outras jornalistas começaram a denunciar casos de assédio envolvendo o mesmo radialista.
Acsa Serafim contou, no Facebook, ter sido abordada por Ewerton sob o mesmo pretexto: uma vaga na TV Metropolitana.
“Ele propôs uma reunião, e eu disse que não poderia ir, pois estava levando o meu marido à rodoviária (isso mesmo, meu MARIDO). Pois bem. Horas mais tarde o sujeito me chama no WhasApp, tarde da noite, e começa uma conversa no mínimo desconfortável, me assediando pela minha aparência e sugerindo que traísse o meu marido”, disse a jornalista.
Veja abaixo o relato dela e os de outras vítimas.
Ocorrência
Diante da proliferação de relatos, alunas do curso de Comunicação Social da Ufma, também assediadas pelo radialista, decidiram registrar uma ocorrência contra ele na Delegacia da Mulher.
Outro lado
Em nota publicada em sua página no Facebook, Samir Ewerton nega as acusações. Ele diz que ficou sem o celular desde a madrugada de sábado (3) para domingo (4), quando o carro ficou preso em um aguaceiro no Itapiracó.
O radialista não se manifestou sobre as denúncias de assédio mais antigas, mas fez ameaças às supostas vítimas.
“Quem está me acusando terá que provar na Justiça que fui eu quem mandei ou fiz tais assédios”, declarou.
Citada pelas vítimas do assédio, a TV Metropolitana emitiu uma nota oficial sobre o caso.
“A TV Metropolitana, nova afiliada da Band no Maranhão, reforça que não está com vagas abertas para a contratação de profissionais e que não realiza e não realizará contratações via aplicativos, como WhatsApp, por exemplo.
Pessoas mal intencionadas têm se utilizado de mídias sociais para oferecer FALSAS oportunidades de emprego em nossa emissora.
Quaisquer dúvidas relativas à TV Metropolitana/Band devem ser encaminhadas para o e-mail [email protected], recomendamos que sejam considerados apenas e tão somente anúncios oficiais
Daniel de Jesus
Coordenador Geral
TV Metropolitana/Band”