O prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo aproveitou o feriado para visitar os arranjos produtivos desenvolvidos nas suas gestões anteriores e anunciou que novos modelos vão ser adotados nas próximas semanas.
O arranjo produtivo é uma ideia concebida por Hilton Gonçalo que consiste na abertura de valas na região de campo, o que possibilita o represamento de água durante todo o ano, garantindo peixes e uma fonte para deixar os animais hidratados, assim como a população local.
Porém em um novo modelo aprimorado será concebido, além de abrir novas seis balas no município, Hilton Gonçalo vai fomentar a plantação de juçarais e bananeiras nas margens do represamento da água. Essa iniciativa visa gerar também renda.
A ideia tem custo baixo e grande relevância social, uma vez que possibilita que centenas de famílias tenham alimento e água garantidos para todo o ano.
Na última quinta-feira (2), Hilton Gonçalo visitou o arranjo produtivo da Ilha das Pedras, naquele povoado a vala aberta tem 1200 metros de extensão por 2 metros de largura e mais de 2 de profundidade.
De acordo com relatos de moradores do povoado, desde que a vala foi construída nunca mais o gado morreu de sede e faltou comida na mesa.
No ano de 2015, o Fórum em Defesa da Baixada Maranhense uma entidade civil organizada conheceu duas experiências de arranjos produtivos locais (nos município de Matinha e Anajatuba) que serviram, sobretudo, para comprovar que a superação da extrema pobreza na região da Baixada pode ser alcançada com medidas de exequibilidade singela e grande alcande social.
Com efeito, há uma circunstância particular que diferencia nitidamente a Baixada das outras áreas pobres do Maranhão: embora o seu povo seja muito carente, as soluções para melhorar as suas condições de vida são baratas, simples e de fácil resolutividade. Só depende da vontade política de nossos governantes. Apesar da sua abundante disponibilidade hídrica, a escassez de água no período crítico do verão maranhense ainda é o principal flagelo das comunidades baixadeiras. Aretenção da água doce nos campos da Baixada representa a maior riqueza para as atividades produtivas das comunidades baixadeiras.
De sua vez, os arranjos produtivos de Anajatuba, desenvolvidos por intermédio da atuação do Dr. Eduardo Castelo Branco, zootecnista e membro do Fórum da Baixada, são experiências de sucesso comprovado na emancipação econômica das comunidades beneficiadas, com forte impacto na superação da extrema pobreza rural (projetos do Igarapé do Troitá, da produção de mel no povoado Teso Bom Prazer e da piscicultura nativa consorciada com fruticultura no povoado Pacas).
O Igarapé de Troitá mede 8km de comprimento, 10m de largura e 2m de profundidade, e foi dragado para garantir a retenção da água doce durante todo o ano, proporcionado a permanência e reprodução dos peixes nativos durante o verão e outras pequenas criações (bois, porcos, patos etc).
A produção de mel de abelha no Teso Bom Prazer garante o sustento das famílias da localidade mediante a exportação dos vários produtos apícolas (mel, própolis, cera etc), evidenciando o imenso potencial da Baixada para a exploração da apicultura como atividade econômica.
No povoado Pacas, foi desenvolvido um projeto consorciado de piscicultura nativa e fruticultura (banana, açaí e maracujá), a um custo de 200 mil reais, que garante o sustento de 42 famílias, numa área de apenas 3 hectares. Nesse arranjo produtivo são produzidas 4500 bananas por mês e 15 toneladas de peixes por ano, sem qualquer ônus para os beneficiários do projeto.
Como se vê, a Baixada tem jeito, visto que as soluções para melhorar a vida do seu povo são viáveis, exequíveis e de baixíssimo custo material. Basta a “força do querer” como diz o Dr. Flávio Braga, advogado e escritor, natural de Peri-Mirim e Parabéns Dr. Hilton Gonçalo por essa iniciativa.