
A Câmara Municipal de São Luís, sob a presidência do vereador Paulo Victor e direção de comunicação comandada por Rafael Arraes, tem se transformado em palco de escândalos, atrasos e desrespeito generalizado. Jornalistas e comunicadores, que deveriam ser tratados com a dignidade que sua função exige, acumulam dois meses de atraso nos pagamentos. O detalhe revoltante: a presidência ainda obriga os profissionais a emitirem notas fiscais recolhendo impostos deixando a categoria no prejuízo e à mercê de promessas semanais nunca cumpridas.
A presidência atual, que deveria prezar pela transparência e eficiência, afunda-se em uma gestão marcada pela incompetência e descaso. O prédio da Câmara, há anos sem reforma, simboliza o abandono de uma instituição que deveria zelar pela imagem do Legislativo. Servidores concursados são ignorados, enquanto os gestores parecem mais preocupados em manter privilégios e férias do que em garantir o bom funcionamento da Casa.
A crise ganhou ainda mais repercussão após a denúncia do vereador Douglas Pinto, que expôs a existência de mais de 600 cargos comissionados na Câmara, sem qualquer transparência sobre funções ou nomes dos ocupantes. Uma prática que reforça a ideia de que a gestão de Paulo Victor transformou o Legislativo em um verdadeiro cabide de empregos, ferindo a confiança da população e convertendo a Casa em um balcão de negócios.
As denúncias são graves e constantes, mas o que mais impressiona é a omissão. Até agora, a presidência não apresentou nenhuma resposta clara ou convincente às acusações. Ao invés de transparência, prefere-se o silêncio uma postura que só amplia a desconfiança e reforça a percepção de que a Câmara se afasta, cada vez mais, de sua função republicana.

