Câmara de São Luís em chamas: denúncias explosivas contra Paulo Victor abalam a imagem do Legislativo


A sessão desta terça-feira (16) na Câmara Municipal de São Luís marcou um dos momentos mais tensos dos últimos meses. O clima esquentou de vez quando o vereador Aldir Júnior ironizou: “que comecem os jogos”. A provocação deu o tom da discussão que já antecipa a disputa pela nova Mesa Diretora, prevista para abril de 2026, e que promete ser uma verdadeira batalha política.

O estopim foi a fala do vereador Marquinhos, que não poupou críticas à atual gestão do presidente Paulo Victor. Segundo ele, a moral da Câmara está em baixa: a imagem da Casa estaria profundamente desgastada e alvo de críticas em todos os setores da sociedade.

Em um discurso duro, Marquinhos fez revelações que caíram como uma bomba no plenário. Denunciou que lobistas possuem mais cargos e mais estrutura do que os próprios parlamentares. Enquanto um vereador conta com R$ 20 mil a R$ 30 mil de verba de gabinete, “lobistas” alcançariam cifras de R$ 70 mil, R$ 80 mil e até R$ 100 mil dentro da Câmara. “É inadmissível que quem lutou para se eleger e representar comunidades seja colocado em posição inferior a apadrinhados de bastidores”, disparou.

A denúncia não parou por aí. O vereador revelou ainda a existência de pessoas do interior do Estado que sequer sabem onde fica a Câmara, mas recebem salários regularmente pagos pela Casa. Uma acusação gravíssima que aponta para o uso da máquina legislativa como cabide de empregos.

Marquinhos também criticou o presidente Paulo Victor por tentar impedir manifestações externas sobre a eleição da Mesa Diretora. Para ele, a postura representa um recado direto ao governador Carlos Brandão, num claro sinal de que o chefe da Câmara não aceitaria qualquer interferência política do Palácio dos Leões.

As falas expuseram as feridas de um Legislativo já fragilizado diante da opinião pública. A cada nova revelação, cresce a percepção de que a Câmara, sob o comando de Paulo Victor, se transformou em palco de privilégios obscuros, cargos fantasmas e práticas que minam a credibilidade da instituição.

Com o calendário da eleição da Mesa Diretora se aproximando, os próximos meses prometem revelar ainda mais bastidores dessa crise política. Como adiantou Marquinhos: “Se eu for falar… ninguém aqui é criança, todos sabem o que acontece. E vou falar mais em outras oportunidades”.

A bomba foi lançada. E o desgaste da Câmara de São Luís, sob Paulo Victor, ganha contornos ainda mais explosivos.

Veja o discurso:

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