A contratação milionária da RE Empreendimentos e Serviços Ltda, conhecida como “Litoral Empreendimentos”, pela prefeitura de Mirinzal, acendeu mais um alerta sobre a transparência e a legalidade nos processos licitatórios no Maranhão. A empresa, que agora assinou um contrato de R$ 3,2 milhões para serviços de manutenção predial sob demanda, já está sob investigação da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) por suspeitas graves de irregularidades em outros municípios.
A RE Empreendimentos não é uma desconhecida no radar das autoridades. Envolvida em escândalos anteriores, a empresa é investigada por um contrato de quase R$ 11 milhões para suposta pavimentação em bloquetes na cidade de Viana, uma obra que, segundo denúncias, apresenta indícios de superfaturamento e irregularidades. Além disso, a empresa foi o centro de uma investigação criminal aberta em fevereiro de 2024 contra o prefeito reeleito de Cândido Mendes, José Bonifácio Rocha, conhecido como Facinho. Na época, a RE foi acusada de ser uma “empresa de fachada”, usada para desviar recursos públicos.
O proprietário da empresa, Renzho Erik Ribeiro, também está sob o radar da Justiça, o que reforça as dúvidas sobre a idoneidade da companhia e a lisura das contratações que envolvem valores tão altos.
A contratação pela prefeitura de Mirinzal levanta sérias suspeitas sobre a transparência do processo licitatório e a ausência de mecanismos eficazes de fiscalização e controle no município.
A situação é ainda mais preocupante quando se considera que a RE Empreendimentos não possui histórico comprovado de entregas de qualidade ou conclusão de obras dentro dos padrões exigidos.