Uns não querem e outros não sabem!…

Por: Joaquim Haickel

A recente crise interna do grupo Sarney no que diz respeito às candidaturas ao Senado, mais que expor os problemas internos deste lado da política maranhense, expõe profundamente a falta de capacidade e de visão política de Flávio Dino, já que não se pode falar em um grupo dele, uma vez que tal agremiação é uma mera junção de interesses em torno do poder que emana do Palácio dos Leões. Prova disso é a lista de seus apoiadores, quase todos oriundos de outros grupos e apenas momentaneamente alojados sob a bandeira comunista.

Pensando bem as fraturas expostas dos lados do conflito político maranhense precisam ser radiografadas! Vou tentar!

Do lado dinista fica clara a incapacidade de executar operações simples, como soma e multiplicação. Equações para eles são coisas impensáveis!

Se quisesse realmente destruir o grupo Sarney, neste momento, Flávio Dino precisaria apenas apoiar um dos dois candidatos a senador daquele grupo, mas ele não tem nem capacidade de ter esse raciocínio, nem grandeza estratégica para tanto, até porque sua arrogância e sua prepotência não permitem!

Se Dino declarasse apoio a Lobão, como sendo o segundo senador para o voto de seus correligionários, poderia soterrar a candidatura de Sarney Filho, última esperança de recuperação pessoal de poder do grupo Sarney! Por outro lado, se ele resolvesse que para quebrar o grupo adversário, deveria apoiar Sarney Filho como o segundo voto de seu time para o Senado, isto geraria um caos tão grande no grupo antagonista, que certamente culminaria com a decisão, logo no primeiro turno, da eleição do governo, a seu favor.

Digo isso sem nenhum medo de que ele possa vir a executar uma dessas estratégias, pois como já disse, ele apesar de tentar imitar Zé Sarney em quase tudo, não consegue se igualar nem ao dedo mindinho do pé do ex-presidente da República.

Veja! Essas possibilidades não foram inventadas por mim, elas existem livremente nos possíveis e até nos impossíveis cenários da nossa política.

Ter grandeza para pensar como agir na política é apenas uma etapa. Ter grandeza para executar esses pensamentos é outra.

Se de um lado, aqueles que se encontram com o poder da máquina estatal na mão, a incompetência é clara, do outro lado, onde se encontram aqueles que tiveram durante muito tempo o poder em suas mãos, fica patente que não sabem jogar sem ele.

A visível falta de comando e a inexistência de um diálogo franco, aberto e direto entre as quatro ou cinco forças de oposição do estado, demonstram que o seu jogo é quase de amador, mesmo os jogadores sendo profissionais tarimbados.

Fico de longe observando e vendo os erros se amontoarem de um lado e de outro, e acredito cá comigo, que o desempate desse jogo mal jogado e feio vai acabar sendo feito pela força bruta, onde o poder do estado, da mesma forma que em vezes anteriores, será decisivo no resultado.

Como a esperança é a última que morre, rezo para que dos males aconteça o menor, em beneficio de nosso Estado e de nossa gente, que não aguenta mais os hipócritas, arrogantes e prepotentes de um lado e os soberbos, autossuficientes e inapetentes do outro.

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