Empresa citada em corrupção já recebeu R$ 7,8 milhões e obra da Ponte do Pericumã se arrasta

 

Segue a passos de cágado a obra de construção da Ponte Rodoviária sobre o Rio Pericumã, localizada na MA-211, no trecho Bequimão-Central do Maranhão.

Sob responsabilidade do Consórcio Epeng/FN Sondagens, a construção custou, segundo contrato assinado pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra), R$ 68.342.637,42.

Desse total, foram pagos R$ 7,8 milhões. Mas a obra ainda está na fase de fundações. Segundo Clayton Noleto, titular da Sinfra, as vigas estão sendo transportadas até o canteiro de obras.

Corrupção

A Epeng pertence a Francisco Antelius, maranhense preso em 2016 no Tocantins, no bojo da Operação Ápia, da Polícia Federal, que disse ter identificado fraudes em contratos de terraplanagem e pavimentação em 29 rodovias do estado vizinho.

De acordo com os federais, o esquema foi realizado entre os anos de 2013 e 2014, período durante o qual foram desviados cerca de 25% dos valores de um empréstimo internacional de R$ 1,2 bilhão ao Estado do Tocantins – com recursos do BNDES envolvidos.

A polícia acredita que os desvios chegam a R$ 200 milhões, dinheiro que teria sido repassado às empresas contratadas – a Epeng, inclusive – mesmo sem a conclusão das obras contratadas pelo Executivo. Há suspeitas de que parte dos recursos tenham sido desviados para campanhas eleitorais.

Em depoimento, o empreiteiro chegou a confessar o pagamento de propina no Tocantins.

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